Estive lendo um artigo na Revista Reads Digest intitulado de a estrutura da família perfeita, escrita por um desses Psicólogos Americanos, que nasceram em berços sociais familiriazados com a classe alta americana, que cresceu em um bairro desses clássicos de filmes holiwoodianos, deve ter estudado nos melhores estabelecimentos de ensino que o dólar possa pagar e hoje como profissional deve atender uma seleta carteira de clientes também da classe alta com crises existenciais no mínimo sem importância. Falo isso porque não consegui desvincular o modelo da família pregada pelo nobre psicólogo dos Simpsons, isso mesmo, pasmem a cada linha que eu lia mais eu me lembrava do estereotipo da família americana- Homer Simpson, Bart Simpson, Lisa Simpson, e Meague Simpson –Isso porque o autor do artigo repete enfaticamente que os erros e absurdos cometidos na convivência familiar realizam uma proximidade maior dos membros ao invés de retraí-los entre si.
Essa afirmação me tirou algumas horas de sono, porque refleti profundamente sobre muitas situações, sejam elas genericamente ou no seio intra-familiar vivenciadas por mim e sinceramente comecei a medir o absurdo da afirmação proferida pelo nobre psicólogo. É como se ele quisesse convencer de que famílias que possuem uma estrutura moral, ética, social e comportamental inadequada estaria mais consolidada para vivenciar a realidade atual do que uma família que baseia seus valores na educação de seus filhos, com carinho, exemplos cotidianos, diálogo, respeito mútuo e uma convivência pacifica, é como se ensejasse que a família simpson educa melhor seus filhos, expondo-os fartamente a realidade nua e crua e educando-os no seio familiar da forma que a vida fora dos laços familiares o educaria, do que a grande maioria dos pais e mães que perdem noites e noites de sono para se tomar a melhor decisão na educação de seus filhos.
Sinceramente achei medíocre a opinião do autor, primeiramente porque quando escrevemos acerca de algum fato que possa entrar em confronto com os moldes estabelecidos numa sociedade, no caso em ênfase uma cultura de estrutura familiar devemos ter cuidado, pois no mínimo devemos ser muito genéricos, flexíveis para não conflitarmos não com os padrões estabelecidos, mas com o diverso conhecimento acumulado por milhões de anos, não falo somente da raça humana não, até mesmo nos animais irracionais, não vejo agressividade com seus filhotes para educa-los melhor. Depois não tentem me convencer de que faculdade, mestrado, doutorado ou Pós doutorado ensinará ninguém a ser bom pai ou boa mãe se assim o fosse as pessoas marginalizadas do acesso educacional seriam péssimos pais.
Um ponto de extrema relevância para mim, foi o de observar o conceito retrógrado do autor em sempre usar como estrutura familiar o pai-mãe-filhos, coisa que numa sociedade globalizada como a nossa não podemos mais compactuar. Existem hoje milhares e milhares de casais separados, que por n motivos um dos membros resolve assumir os filhos formando uma família ou só com uma Mai ou só com um Pãe, já que um ou outro realiza as duas funções e seus filhos crescem sem nenhum trauma social ou psicológico. Não podemos também deixar de expor que muitos casais unidos por relações homoafetivas (homemxhomem, mulherxmulher) ou assumem seus filhos ou mesmo adotam crianças que se educadas num ambiente socialmente saudável se desenvolvem normalmente e em 92% dos casos não assumem postura homossexual, num índice muito inferior aqueles que provém de pais com relacionamentos normais para os padrões estabelecidos.
É evidente que a televisão a internet e a convivência social cada vez mais globalizada acaba por moldar os novos comportamentos da família moderna, porem seria hipocrisia de nossa parte abandonar os velhos e sábios conselhos daqueles que possuem experiência na área – nossos pais.
É valido também nessa altura citar dois conceitos matemáticos utilizados na física que cabem muito perfeitamente nesta situação:
- a menor distancia entre dois pontos é uma linha reta
- para cada ação existe uma reação
Significa dizer que não precisamos criar conceitos miraculosos, fantasiosos buscando a melhor forma de educar nossas crianças, basta ser franco, direto usando a boa medida do carinho, ouvi de uma grande amiga que temos que aprender a dizer não com a mesma medida do sim, já que até na escrita eles possuem a mesma quantidade de letras, para nossos filhos basta aprendermos dizer sim quando é possível e aprendermos a dizer não sem magoar.
Já está mais do que ultrapassado o conceito de educação pela dor e não falo somente dor física mas a psicológica que é num a amplitude mais devastadora para a formação de qualquer pessoa, ainda mais quando criança, então não esperemos que se tratarmos nossos filhos de forma absurda possamos receber carinho, pois teremos a mesma reação deles, já que são nada mais nada menos que um pedacinho de nós com as devidas atualizações genéticas.
É por tudo isso que devemos analisar profundamente não somente a nossa postura diante dos padrões sociais estabelecidos, mas como formadores de novos padrões principalmente no seio familiar.
Joscíres Ângelo
Artigo enviado como comentário para a Revista Reads Digest
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