O presidente Lula vai participar diretamente de reunião de governo para discutir se deve ou não haver aumento do preço da gasolina. A agenda do presidente prevê para esta terça-feira audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mas, desse encontro, devem participar outras autoridades do governo que têm ligação com o assunto, como o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que já foi ministra de Minas e Energia e ainda tem forte comando e conhecimento do setor.
Na última sexta-feira, o presidente Lula deixou claro que o assunto está na pauta do governo. Ele recordou que há grande defasagem no preço da gasolina, pois não há reajuste há 30 meses e quando foi fixado, em 2005, o preço do barril de petróleo estava a pouco mais de 30 dólares. Agora, o barril se aproxima de 120 dólares.
- Uma hora dessas vai ter de subir – disse um ministro com gabinete no Palácio do Planalto, confirmando que o assunto está em discussão.
Pelos cálculos do governo, o reajuste deve ser pequeno para o consumidor. Segundo as contas feitas no Planalto, deve ficar em torno de 2%. Isso porque o preço na bomba sobe a metade do que é autorizado nas refinarias. A discussão neste momento é se a gasolina irá subir entre 3% e 5% - para o consumidor entre 1,5% e 2,5%.
Há um duelo no governo sobre o aumento ou não do preço da gasolina – semelhante ao que ocorre quando há reunião do COPOM para decidir sobre taxa de juros. A área econômica é contra o aumento e argumenta que, se houver reajuste, há o risco de isso impulsionar a inflação e, para corrigir, o Banco Central reajustar os juros. Já outros setores do governo avaliam que não haveria forte impacto na inflação porque o aumento, se autorizado, será pequeno. E a Petrobras, sendo empresa de capital aberto, seria obrigada a reajustar preços e não arcar com o custo dessa defasagem no preço do combustível.
A área política é sempre contrária a aumentos no preço do combustível porque esta é uma área muito sensível para a população. Neste caso, porém, o fato de o reajuste em discussão ser baixo, a reação não tem sido não intensa.
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